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O impasse entre o Agro e o governo federal na discussão do novo padrão oficial de classificação da soja, notícias comentadas e os tradicionais blocos com entrevistas e reflexões compõem o conteúdo do Momento Agrícola deste sábado, dia 04 de novembro.
De autoria do produtor rural, agrônomo e consultor Ricardo Arioli, o Momento Agrícola é um programa veiculado aos sábados pela rede de rádios do Agro – entre elas a Enfoque Rádio Web – e repercutido em forma de notícias e com podcast Soundcloud pelo Enfoque Business, também aos finais de semana.
Defesa dos 14%
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu, em audiência pública do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizada na quarta-feira (1º), a manutenção do teor de umidade da soja em 14% no novo padrão oficial de classificação do grão brasileiro.
A audiência teve a participação de Ricardo Arioli, que preside a Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA. Realizada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, a audiência debate, desde segunda-feira (30), o novo texto do Regulamento Técnico da Soja, responsável por definir critérios de classificação da oleaginosa nos requisitos de identidade e qualidade, amostragem, modo de apresentação e marcação ou rotulagem do grão.
Na nova versão do regulamento, o Mapa defende a mudança, de 14% para 13%, do teor de umidade para o grão da soja, ponto que gerou a discordância das entidades representativas dos produtores rurais.
“A CNA se retirou da reunião na quarta porque os produtores não concordam com a redução da umidade de 14% para 13%. Não vamos aceitar essa alteração, pois o primeiro a ser descontado será o produtor e não podemos absorver esse prejuízo”, afirmou Ricardo Arioli, em entrevista ao site do Canal Rural.
Arioli explicou que o Brasil já adota o padrão de 14% da umidade desde o início do plantio de soja no Brasil e alterar esse teor impacta no peso dos grãos e, consequentemente, reduz a renda dos produtores, além de exigir adaptações para o controle da umidade no processo de armazenamento que implicam aumentos expressivos nos custos de produção.
“O produtor que tem armazém na propriedade terá um aumento no custo da secagem e diminuição no volume de soja para vender porque o grão estará mais seco. Já o agricultor que não tem estrutura, ele vai mandar sua carga para a indústria e o desconto será maior”, disse.
Segundo o presidente da comissão, aceitar essa mudança significa que o Brasil vai abrir mão de 3 milhões de toneladas, que é o cálculo estimado da perda de peso por conta da menor umidade do produto. “Esse prejuízo não pode ficar com o produtor”.
Arioli afirmou que a CNA está aberta ao diálogo e continuará defendendo a manutenção do teor de umidade da soja de 14% ou uma compensação financeira justa para o produtor rural aceitar a alteração da umidade.
(com informações do Canal Rural)
Outras
Além de outras notícias comentadas, o Momento Agrícola deste sábado traz blocos de entrevistas com os seguintes temas: “As prioridades da Embrapa”, com Dra. Silvia Massruhá; “A anomalia da Soja”, com Dr. Auster de Farias; e “Os produtores na COP do Clima”, com Nélson Ananias, da CNA.
Para ouvir o Momento Agrícola na Íntegra, clique no podcast abaixo ou acesse a Enfoque Rádio Web, na parte superior da página deste site. O programa vai ao ar aos sábados, a partir das 07h00, com reprise aos domingos, no mesmo horário.
Fonte: Da redação
Data: 04/11/2023