No país, as demissões voluntárias atingiram um recorde no ano passado, com 7,3 milhões de desligamentos voluntários, em um total de 21,5 milhões de demissões, o que representa um índice de 34%.

A maior parte dos desligamentos voluntários foi solicitada por pessoas com pós-graduação completa (46,9%) e trabalhadores com mestrado e ensino superior completo (42%). Por outro lado, pessoas com menor escolaridade não tendem a trocar de emprego com tanta frequência.

O levantamento também indicou que os mais jovens foram os que mais aderiram às demissões voluntárias em 2023. A faixa etária de 18 a 24 anos teve uma taxa de 39,5%, seguida pela faixa etária de 25 a 29 anos (36,5%) e por aqueles com até 17 anos (36,5%).

Em entrevista à CNN, o pesquisador da FEEx, professor de pós-graduação e consultor empresarial, Filipe Fonoff, explicou que dois fatores contribuem para esses indicadores: a taxa de desemprego reduzida e um mercado de trabalho mais dinâmico.

Mato Grosso, juntamente com outros dois estados com altas taxas de demissões voluntárias, possui baixas taxas de desemprego. A média nacional foi de 7,8% em 2023, a menor em quase dez anos, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). "Quando você olha para as menores taxas de desemprego do país, como as de Rondônia e Mato Grosso, isso significa que, além do pleno emprego, o cenário do trabalho brasileiro também depende da facilidade e rapidez com que a população consegue ocupar outros postos de trabalho, inclusive com melhores condições", disse Fonoff.

Fonte: Da redação
Data: 23/02/2024