
Em sessão da Câmara Municipal de Cuiabá, nesta terça-feira (2), o vereador Rogério Varanda (MDB) se exaltou ao reclamar da atitude da Prefeitura de Cuiabá, que estaria dando apoio a outro vereador, supostamente em busca dos votos dos eleitores de Varanda. O parlamentar disse que não quer “retaliação”, mas alertou que “se quiser a briga vai ser pior”. Varanda, membro do partido de Emanuel Pinheiro, tem se afastado do grupo político do prefeito e já anunciou sua saída do MDB, além de ter votado contra Emanuel na instauração de uma comissão processante.
Rogério Varanda, Edna Sampaio (PT) e Wilson Kero Kero (Podemos) são os integrantes da Comissão Processante que pode resultar na cassação do mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Varanda foi um dos 16 vereadores que votaram favoráveis à criação da comissão.
No dia da votação ele, em entrevista à imprensa, anunciou sua saída do MDB dizendo que seu valor no partido “é igual a zero”. Ele disse que o motivo seria a divergência no apoio ao candidato à Prefeitura em 2024, porém citou também seu descontentamento com a filiação vereador Luis Cláudio ao MDB, sem que ele tivesse sido consultado.
Na sessão desta terça-feira (2) Varanda se irritou ao falar sobre outro colega de parlamento, que estaria tentando tomar crédito por uma reivindicação sua, a reforma de uma ponte na Comunidade Barreirinho, na região do Rio dos Couros em Cuiabá.
“Aí um vereador leva o secretário, com a cara de pau de dizer que o vereador tal é o responsável pela reforma desta ponte lá no Barreirinho, região do Rio dos Couros. Cara... é retaliação da gestão? Não tem problema, só tem um detalhe, gestão, estou calado até hoje. Quer jogar pedra? Vamos jogar pedra. Quer brigar? Vamos brigar”, disse.
Varanda afirmou que se dedicou muito para conseguir que esta ponte fosse construída e agora este vereador, que segundo ele é amigo dos responsáveis pelas obras da Prefeitura, tem tomado o crédito pela obra.
“O prefeito aceita isso, o secretário de Obras aceita isso, será que ele quer confusão? [...] Trabalho de um ano, chega lá, leva um vereador que teve um voto na região [...] na eleição passada, nunca apareceu lá, chega lá agora sendo apresentado como 'esse é o vereador que está trazendo obra para cá'. Eu quero respeito gestão, eu não quero confusão. Se é para brigar, estou pronto para matar ou para morrer. Não tem problema nenhum se amanhã eu tiver que deixar a política, mas não vou ser covarde jamais”.
O vereador considera que este episódio seja alguma resposta do grupo do prefeito aos seus posicionamentos contrários a ele e ao MDB, mas disse que não irá recuar.
“Ele devia cuidar é de onde ele teve os votos dele, não ficar atrás das pessoas que têm compromisso, mas isso não sei se é só ele sozinho ou a própria gestão está botando fogo para ver se vai me atrapalhar. [...] eu quero respeito gestão, respeito comigo, respeito com a Câmara de Vereadores, para de querer fazer retaliação porque eu não votei com vocês, vai ser pior, se quiser a briga vai ser pior, pode ter certeza disso”, alertou.
Fonte: Gazeta Digital
Data: 03/04/2024