A saúde pública em Cuiabá enfrenta uma crise agravada nos últimos dias, levando a opiniões divergentes entre as autoridades sobre a necessidade de intervenção. O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), Sérgio Ricardo, descartou a possibilidade de intervenção, destacando que a atual gestão municipal tem mais oito meses de atuação e que uma intervenção não resolveria o problema, já que uma nova administração assumirá em janeiro.

 

Por outro lado, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, defende o diálogo entre os poderes e os órgãos de controle para discutir a saúde cuiabana. Botelho sugeriu que, se não houver solução, uma intervenção poderia ser considerada, o que gerou críticas do prefeito Emanuel Pinheiro, que o acusou de adotar um discurso eleitoreiro, já que Botelho é pré-candidato pelo União Brasil.

 

A situação é agravada por reclamações da população sobre a falta de médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ameaças de greve por parte dos profissionais de saúde. O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) também notificou o prefeito para efetuar o repasse de R$ 15,5 milhões para a saúde da capital em até cinco dias, alegando que o município não estaria cumprindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado anteriormente.

 

Diante desse cenário, é crucial que as autoridades ajam com responsabilidade, priorizando o diálogo e medidas efetivas para resolver os problemas na saúde pública de Cuiabá, garantindo o acesso adequado e digno à saúde para todos os cidadãos.