
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) anunciou sua oposição à nova demarcação de terras indígenas na região do Araguaia, em Mato Grosso. Em declarações a jornalistas, Cattani criticou o governo do presidente Lula (PT), afirmando que as demarcações resultam em benefícios limitados para os indígenas.
Cattani argumenta que as terras demarcadas continuam sob posse do governo federal, o que, na sua visão, restringe o uso e a exploração dessas áreas pelos indígenas. Ele defende que os indígenas tenham direito de plantar nas terras demarcadas, praticando agricultura de larga escala, e critica o que considera ser uma situação em que os indígenas são tratados como "animais de estimação".
Em relação à demarcação específica da terra indígena Kapôt Nhinore, com mais de 360 mil hectares de terras entre Mato Grosso e o Pará, Cattani expressou preocupação com a proporção da área em relação ao município de Santa Cruz do Xingu. Ele lembrou a convulsão social causada pela demarcação da TI Suiá Missu em 2012 e argumentou que a desapropriação de terras consolidadas prejudica a produção e a economia local.
Apesar de sua oposição à demarcação de terras indígenas, Cattani defende que os indígenas tenham o direito de produzir nas terras demarcadas, questionando por que os indígenas não podem produzir enquanto o "homem branco" pode. Ele argumenta que os indígenas são seres humanos como qualquer outro e têm os mesmos direitos.
As declarações de Cattani refletem um debate em curso no Brasil sobre a demarcação de terras indígenas, que envolve questões ambientais, culturais, econômicas e sociais. Enquanto alguns defendem a proteção dos territórios tradicionais indígenas como forma de preservar a cultura e o modo de vida dessas comunidades, outros argumentam que as demarcações podem prejudicar o desenvolvimento regional e a economia local.
Fonte: Da redação
Data: 04/05/2024