Segundo a Polícia Federal, foram expedidos oito mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, com ações realizadas tanto em Mato Grosso quanto no Rio de Janeiro. Além disso, a operação incluiu o sequestro de imóveis e veículos, o bloqueio de contas bancárias, o afastamento de servidores de cargos públicos e a suspensão de atividades comerciais.

As investigações revelaram que os criminosos estavam envolvidos na gestão de casas noturnas, utilizando esses estabelecimentos para promover shows de artistas de renome nacional, financiados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters. Os acusados também repassavam ordens para evitar a contratação de artistas de estados influenciados por outras organizações criminosas, sob ameaça de represálias.

Foi também identificada a participação de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para os eventos, que agiam em desacordo com a legislação. Além disso, foi descoberto um esquema de introdução de celulares em presídios e a transferência de líderes da facção para estabelecimentos de menor rigor penitenciário.

A Operação Ragnatela resultou em um impacto significativo na estrutura da facção criminosa, com o cumprimento de:

• 8 prisões preventivas
• 36 mandados de busca
• 9 sequestros de imóveis
• 13 sequestros de veículos
• 2 afastamentos de cargos públicos
• 4 suspensões de atividades comerciais
• 68 bloqueios de contas bancárias

Essa operação foi realizada pela FICCO, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). A ação demonstra a força e a coordenação entre as diversas forças de segurança no combate ao crime organizado em Mato Grosso.

Fonte: G1MT
Data: 05/06/2024