
A juíza da Vara Criminal de Diamantino (208 km ao Médio-Norte), Janaína C. de A. decidiu manter a prisão de José E. D. G. S. réu confesso do assassinato de Lorrane C. S. de L. ocorrido em 13 de março deste ano. O julgamento, que estava previsto para a última terça-feira (9), foi adiado para 16 de agosto, após a defesa apresentar um atestado médico.
José foi acusado de homicídio com qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, violência doméstica, presença de descendente da vítima e feminicídio.
A prisão preventiva dele foi executada em 19 de março, em Rurópolis, no Pará. A audiência de instrução estava marcada para 9 de julho, mas a defesa solicitou o adiamento por razões de saúde. A juíza aceitou o pedido e destacou que era necessário revisar a prisão de José Edson, afirmando que os fundamentos da detenção não haviam mudado.
“O réu, supostamente motivado por ciúmes, golpeou a companheira com facadas, totalizando 12 lesões por arma branca que resultaram em sua morte. Consta também que ele violentou sexualmente a vítima. Ressalto ainda que o crime foi praticado na presença dos dois filhos menores da vítima, inclusive um deles, de 7 anos, presenciou a agressão”, destacou a juíza.
Ela ainda mencionou que José Edson deixou o local alegando que iria comprar remédio, afirmando que Lorrane estava dormindo, e instruiu as crianças a não saírem de casa. Ele as trancou no local com o corpo da mãe.
“Em seu interrogatório extrajudicial, confessou a autoria do feminicídio, descrevendo detalhadamente a ação criminosa. Ante a gravidade concreta da ação criminosa e por se tratar de crime hediondo, a manutenção da prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública, devido ao risco de reiteração delituosa”, considerou.
Ao manter a prisão, a juíza também destacou que José Edson fugiu após cometer o crime, reforçando a necessidade de sua detenção. O julgamento foi remarcado para 16 de agosto, às 15h15.
Fonte: Gazeta Digital
Data: 11/07/2024