Polícia Civil desarticula grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas na baixada cuiabana


Após sua prisão, a Polícia Civil continuou monitorando os membros do grupo que deram continuidade às atividades criminosas.

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta terça-feira (20) a Operação Guinada, com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso envolvido no tráfico de drogas e outras atividades ilícitas na baixada cuiabana. A operação, que é um desdobramento da investigação iniciada na Operação Castelo de Areia, realizada em janeiro do ano passado, resultou no cumprimento de 19 mandados judiciais, sendo 11 de prisão e oito de busca e apreensão.

As ações foram conduzidas pela Delegacia de Rosário Oeste e pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com ordens judiciais emitidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá e pela 7ª Vara Criminal. De acordo com o delegado Márcio Portela, de Rosário Oeste, a investigação identificou um núcleo criminoso estruturado hierarquicamente, ligado a uma facção que opera em Nobres, Rosário Oeste e Jangada. O grupo é liderado por um indivíduo que atua como agente disciplinar da facção na região.

Os criminosos adotavam diversas estratégias para ocultar suas atividades, incluindo o uso de apelidos, divisão de funções, rotatividade de membros e o chamado "código de silêncio". O grupo era dividido em várias funções, desde soldados e disciplinas gerais até tesoureiros e presidentes, com cada integrante desempenhando um papel específico dentro da organização.

A operação é uma continuação das investigações que começaram com a prisão, em 2023, de um traficante conhecido como "Príncipe" ou "Magnata", que liderava o tráfico de drogas em Rosário Oeste. Após sua prisão, a Polícia Civil continuou monitorando os membros do grupo que deram continuidade às atividades criminosas.

Um dos principais alvos da Operação Guinada é um indivíduo ligado diretamente ao "Príncipe", responsável pelo auxílio logístico do grupo, incluindo a negociação, distribuição e transporte de drogas, além do armazenamento de armas de fogo. Esse integrante também foi identificado como responsável pelo recolhimento de taxas da facção e relatou em conversas interceptadas que viajou à Bolívia para abastecer o grupo com drogas.

Outro alvo da operação estava envolvido em "decretamentos" contra rivais da facção, cobrança de taxas e venda de drogas. Esse mesmo indivíduo já responde a uma ação penal por estupro de vulnerável, ocorrida em 2016.

A operação contou com o apoio das Delegacias Regionais de Várzea Grande e de Nova Mutum, além da GCCO, para o cumprimento dos mandados. As investigações continuam para identificar e prender outros envolvidos na organização criminosa.





Fonte: Polícia Civil
Data: 20/08/2024