Explosão de casos: Mato Grosso registra aumento de 2.752% de chikungunya e 134% de dengue em janeiro


Os casos de chikungunya e dengue dispararam em Mato Grosso no primeiro mês de 2025, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). O crescimento preocupa especialistas e reforça a necessidade de medidas preventivas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças.

Em janeiro do ano passado, foram confirmados 1.496 casos de dengue e apenas 132 de chikungunya. Já em 2025, os números saltaram para 3.515 casos de dengue, com um óbito confirmado e seis em investigação, além de 3.765 casos de chikungunya, com quatro mortes registradas e outras quatro sob análise.

Preocupação com a gravidade das doenças

O infectologista Luciano Corrêa Ribeiro alerta que a prevenção não depende apenas do poder público, mas da mobilização da população. “Se não houver consciência coletiva, vamos perder essa batalha para as viroses, como já está acontecendo”, afirma.

Ele explica que a dengue possui cinco sorotipos diferentes, o que significa que uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez. Já no caso da chikungunya, existe apenas um sorotipo, mas estudos indicam que apenas 30 a 40% da população já foi exposta ao vírus, deixando um grande número de pessoas vulneráveis.

Outro ponto de preocupação são as formas graves da chikungunya, que podem comprometer o sistema nervoso central e o coração, levando a complicações como encefalite e miocardite, com risco de óbito. “Achávamos que era uma doença de baixa letalidade, mas ela pode ser extremamente grave, causando sequelas articulares importantes e até a morte, principalmente em grupos de risco”, alerta o médico.

Medidas de prevenção

Para conter o avanço das doenças, especialistas reforçam a necessidade de ações preventivas, como:

✅ Eliminar criadouros do mosquito (água parada em vasos, pneus, garrafas e caixas d’água destampadas);
✅ Usar repelente regularmente;
✅ Manter quintais limpos e sem recipientes que acumulem água;
✅ Buscar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo e manchas na pele.
 
As autoridades de saúde seguem monitorando a situação e reforçando campanhas de combate ao Aedes aegypti para evitar novos surtos e reduzir o número de casos e mortes. 





Fonte: Gazeta Digital
Data: 05/02/2025