Homem morre após agressão na rodoviária de Cuiabá; seguranças são presos


A administração do Terminal Rodoviário Eng. Cássio Veiga de Sá, em Cuiabá, se manifestou sobre o caso de violência registrado na unidade na noite de segunda-feira (3), afirmando que “não compactua com qualquer forma de conduta que resulte em violência”. Um homem foi agredido por quatro seguranças na plataforma do terminal e faleceu logo após dar entrada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Os suspeitos foram presos em flagrante pela Polícia Civil.

Segundo a Sinart Concessionária, empresa responsável pela rodoviária, todas as providências estão sendo tomadas para apurar o ocorrido, incluindo a colaboração com as investigações e a disponibilização das imagens das câmeras de segurança à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A empresa reforçou que preza pela segurança e direitos dos passageiros e usuários do terminal.

Investigação e prisões

A Polícia Civil identificou os suspeitos como Alvacir Marques de Souza, 68 anos; Jonas Carvalho de Oliveira, 55 anos; Dhiego Erik da Silva Ferreira, 33 anos; e Luciano Sebastião da Costa, 48 anos. Três deles foram detidos no próprio terminal rodoviário, enquanto o quarto foi preso em sua residência, em Várzea Grande.

A vítima, que ainda não foi identificada, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com diversas escoriações, incluindo um corte na cabeça, mas não resistiu e faleceu por volta das 00h15 de terça-feira (4).

Câmeras registraram a agressão

Imagens das câmeras de segurança mostram que a vítima foi agredida na ‘Plataforma 1’, próximo à área de embarque. No vídeo, ela tenta fugir, mas tropeça e cai, sendo alcançada pelos seguranças, que voltam a atacá-la e, em seguida, a imobilizam.

O delegado Nilson André Farias destacou que os vigilantes, além da agressão, não prestaram o socorro necessário. “Eles tiveram a oportunidade de ajudar, mas não o fizeram. Como vigilantes, são responsáveis pela integridade física das pessoas”, afirmou.

Os quatro suspeitos foram autuados pelo crime de homicídio qualificado, devido à impossibilidade de defesa da vítima. As investigações continuam para reunir mais detalhes sobre o caso e ouvir testemunhas. A DHPP também aguarda os exames da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para confirmar a identidade da vítima e a causa da morte.





Fonte: Gazeta Digital
Data: 05/02/2025