
O Governo de Mato Grosso anunciou, nesta quarta-feira (5), a rescisão do contrato com o consórcio responsável pelas obras do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido). Segundo o governador Mauro Mendes, a decisão foi tomada devido a erros na execução, descumprimento de prazos e atrasos no andamento do projeto.
Após o anúncio, parte da equipe retirou os maquinários do canteiro central da Avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá. Para os trabalhadores que atuavam na obra, a rescisão já era esperada e teria sido influenciada por disputas políticas.
Um engenheiro que participou do projeto revelou que os atrasos com fornecedores prejudicaram o andamento da obra, além de mudanças exigidas pelo Estado, como reforço na iluminação e aumento do número de bueiros, sem reajuste no contrato. Isso teria tornado os valores pagos insuficientes para a execução do serviço.
Apesar da demissão de quase dois terços dos funcionários no fim do ano passado, os salários vinham sendo pagos em dia. Alguns trabalhadores já se preparam para deixar Cuiabá, como um operário que veio do Nordeste para atuar na obra.
A construção do BRT começou em outubro de 2022 e deveria ser concluída até outubro de 2024. No entanto, até o rompimento do contrato, apenas 18% do projeto havia sido executado. Orçada em R$ 468 milhões, a obra agora aguarda uma nova empresa para dar continuidade ao serviço.
Fonte: Gazeta Digital
Data: 06/02/2025