
Filiados ao União Brasil em Mato Grosso, os deputados estaduais Eduardo Botelho e Júlio Campos, junto do senador Jayme Campos, se manifestaram favoráveis à formação da federação entre o partido e o Progressistas (PP), prevista para ser oficializada no próximo dia 29. A aliança já começa a desenhar o novo cenário político para as eleições de 2026, tanto em nível estadual quanto nacional, especialmente para a centro-direita.
Para Eduardo Botelho, atual presidente da Assembleia Legislativa, a junção representa um passo importante na formação de uma base política sólida e competitiva, ainda que lamente a ausência do Republicanos na composição.
“Vejo como algo positivo. O ideal para nós em Mato Grosso era União, Republicanos e o PP. Mas, já sendo o PP e o União, está de bom tamanho. Acho importante para formar uma boa bancada no parlamento estadual, federal e elegermos o próximo senador e governador”, comentou Botelho, confiante no potencial eleitoral da federação.
Já o ex-governador e deputado estadual Júlio Campos foi mais cauteloso. Ele afirmou que ainda é cedo para traçar cenários definitivos e defende esperar até a janela partidária de março de 2026, quando será possível verificar as movimentações e realinhamentos políticos.
“Vai ser consolidada no dia 29, a partir daí, precisaremos reorganizar em Mato Grosso. A grande decisão política é só na janela partidária de março. Falar em candidatura agora é besteira. O quadro político se definirá no ano que vem, quando vários políticos devem deixar seus partidos buscando opções”, alertou.
Por sua vez, o senador Jayme Campos avalia que a união poderá fortalecer a centro-direita e aumentar o número de cadeiras no Congresso, mas ressalta que ainda é necessário alinhamento interno, especialmente sobre o comando da federação em cada estado.
“De forma positiva, acho que é bom. Vamos construir uma grande bancada. Mas temos alguns problemas, como quem vai comandar em cada estado. Em Mato Grosso, por exemplo, será o União Brasil. Tudo isso precisa ser ajustado, encontrar o freio de arrumação para que União Brasil e PP andem alinhados”, explicou Jayme.
A federação entre os dois partidos ainda depende de ajustes operacionais e administrativos em nível nacional e estadual, mas já é vista como um dos principais blocos para disputar o comando político em 2026. O grupo deve fortalecer candidaturas ao Senado, à Câmara Federal, às Assembleias Legislativas e ao Executivo nos estados.
Fonte: Unicanews
Data: 29/04/2025