Cotado para disputar o Governo de Mato Grosso pela aliança de centro-esquerda, o ex-prefeito de Rondonópolis, Zé do Pátio (PSB), ainda não cravou qual cargo pretende disputar nas eleições de 2026. Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Campo Verde, Pátio disse que vai deixar a decisão por conta da fé e da vontade popular. “Vou colocar na mão de Deus. Deus é que vai decidir. Deus e o povo”, declarou à imprensa.

Nos bastidores, aliados apontam que o ex-prefeito estaria mais propenso a tentar retornar à Assembleia Legislativa, onde já exerceu quatro mandatos. Ele deixou o parlamento em 2016, ao se eleger prefeito de Rondonópolis, cargo que ocupou até o final de 2024.

Mesmo sem definição sobre sua candidatura, Pátio assegura que o grupo composto pela Federação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdoB) e PSD terá nomes próprios para disputar tanto o Senado quanto o Palácio Paiaguás. “Vai lançar. E a vantagem do nosso campo é que a gente é leal. Nós vamos apoiar o candidato nosso. O nome que for decidido vai ser o candidato e o grupo todo vai apoiar”, frisou.

Sobre a disputa para a Câmara Federal, o ex-prefeito defende uma chapa única e forte, evitando os erros de 2022, quando a divisão entre candidaturas enfraqueceu a esquerda. “O erro nosso é que nós saímos com três chapas e dividimos as forças da esquerda”, avaliou.

Naquele pleito, Rosa Neide (PT) foi a mais votada entre os candidatos do campo progressista, com 124 mil votos, mas não conseguiu a reeleição. A esposa de Zé do Pátio, Nelma Moraes (PSB), obteve 44.931 votos, e Irajá Lacerda (PSD) somou 54.607, mas nenhum foi eleito.

A articulação da centro-esquerda para 2026 segue em andamento, com foco na união das lideranças e no fortalecimento de um projeto estadual competitivo.