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Santa Casa de Cuiabá pode ser transferida para o município; governo busca solução para manter atendimentos.
O secretário estadual de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, garantiu em entrevista nesta quinta-feira (4) que não há intenção de fechar o Hospital e Santa Casa de Cuiabá. Pelo contrário, segundo ele, o objetivo é encontrar uma solução conjunta para manter a unidade funcionando.
Desde 2019 sob requisição emergencial do Estado, a Santa Casa assumiu parte dos atendimentos de alta complexidade da Baixada Cuiabana. No entanto, com a transferência gradual desses serviços para unidades como o Hospital Central e o Hospital Geral, a continuidade da Santa Casa foi colocada em dúvida, especialmente por conta das dívidas trabalhistas, que somam cerca de R$ 43 milhões.
Figueiredo explicou que a saída da gestão estadual está sendo feita de forma planejada e garantiu que os atendimentos não serão interrompidos. “Eu não gosto do termo 'fechamento'. O Estado apenas deixará de gerir a Santa Casa, porque ela nunca foi um hospital estadual. A requisição foi temporária e se estendeu por causa do atraso na entrega do Hospital Central, que começa a funcionar em etapas a partir de setembro”, detalhou.
No fim de abril, a Justiça do Trabalho autorizou a venda do prédio da Santa Casa por R$ 78 milhões, valor que será usado para pagar dívidas trabalhistas de 860 ex-funcionários. Ainda faltam aproximadamente R$ 43,7 milhões a serem quitados.
Diante disso, lideranças políticas, como o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), sugerem que o Governo do Estado compre o prédio e repasse a gestão da unidade ao município, que tem responsabilidade plena sobre a saúde.
A proposta está sendo analisada, segundo Figueiredo. “Estamos trabalhando para que alguém assuma a gestão da Santa Casa. E, naturalmente, o mais lógico seria o município de Cuiabá”, afirmou.
Fonte: Unicanews
Data: 06/06/2025