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Presidente da Assembleia defende valorização da atividade, mas reforça necessidade de fiscalização e combate aos garimpos ilegais
O setor de mineração, considerado um dos motores potenciais para o desenvolvimento de Mato Grosso, voltou ao centro das discussões na Assembleia Legislativa. Em entrevista concedida nesta segunda-feira (23), antes de uma reunião mensal sobre o tema, o presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), fez duras críticas à atual gestão do setor e cobrou medidas mais eficazes no enfrentamento às atividades ilegais.
Para Russi, a mineração é uma pauta estratégica, com grande capacidade de geração de emprego, renda e arrecadação para o Estado, mas precisa ser tratada com mais responsabilidade e atenção por parte do governo.
— A mineração é uma pauta importantíssima, com um potencial enorme de crescimento em Mato Grosso. Mas precisa ser acompanhada, ajudada, valorizada e vista da maneira certa, sem preconceito ou discriminação — destacou.
Durante a entrevista, o parlamentar não poupou críticas ao trabalho conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
— Tem um trabalho que a Sedec fez aí mal conduzido, mal feito, e nós queremos explicações sobre isso — disparou Max Russi.
O deputado também questionou a falta de resultados concretos em relação à arrecadação gerada pelo setor mineral.
— Eu quero saber qual o trabalho está sendo feito com as taxas de arrecadação, o que está acontecendo de fato. Já pedi ao governador Mauro Mendes uma atenção especial com o setor, mas, infelizmente, isso ainda não se traduz em ações práticas — reforçou.
Um dos pontos que deve pautar a reunião pública é a nova normativa da Agência Nacional de Mineração (ANM), que impacta diretamente as atividades no estado.
Max Russi também foi enfático ao falar sobre a necessidade de ações rigorosas no combate aos garimpos ilegais, especialmente em áreas de proteção, como a Terra Indígena Sararé.
— O ilegal tem que sair fora do mercado. Isso atrapalha os bons. Quem é ilegal não é garimpeiro, não é minerador, é bandido. Tem que ser tratado como tal — afirmou o deputado.
Para ele, o combate a essas práticas deve envolver uma ação integrada entre forças de segurança e órgãos de fiscalização.
— Não podemos admitir facções tomando conta de áreas, impedindo a entrada de pessoas. Isso é caso de polícia. Polícia Militar, Polícia Federal, órgãos de fiscalização, todos precisam atuar com firmeza — completou.
A audiência pública, que acontece ainda esta semana, promete reunir representantes do governo estadual, da ANM, de entidades do setor e da sociedade civil para discutir soluções e avanços para a mineração em Mato Grosso.
Fonte: Unicanews
Data: 24/06/2025