A senadora Margareth Buzetti (PSD), representante de Mato Grosso no Senado, se manifestou nesta terça-feira (24) sobre o crime bárbaro que chocou o estado. Em vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar defendeu que o engenheiro agrônomo Daniel Frasson, que assassinou sua esposa e esfaqueou a filha de apenas 7 anos, seja condenado à pena máxima prevista pelo Pacote Antifeminicídio: 40 anos de prisão.

“Grace Kelly foi covardemente assassinada. Quero que esse assassino, esse bandido, fique 40 anos na cadeia, fechado, vazio. Se trate lá na cadeia, resolva seus problemas lá, mas não cometa o que cometeu. Isso é de uma crueldade sem tamanho”, declarou a senadora.

O crime aconteceu na residência da família, que também funcionava como salão de beleza, no bairro Bandeirantes, em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá). Segundo a Polícia Militar, Daniel matou a esposa, Gleici Keli Geraldo de Souza, com oito facadas e esfaqueou a filha sete vezes — sendo quatro nas costas e três no abdômen. Após os ataques, ele tentou tirar a própria vida com um golpe de faca no tórax.

Tanto ele quanto a criança foram socorridos com vida e levados ao Hospital São Lucas. A menina, em estado grave, foi transferida para uma UTI pediátrica em Cuiabá. A morte de Gleici foi constatada no local.

O caso gerou forte comoção e revolta, principalmente pela brutalidade do crime. Margareth Buzetti também alertou para o alarmante índice de feminicídios em Mato Grosso. “Mato Grosso está sendo campeão de feminicídio no Brasil. Como vamos admitir isso? As mulheres vivem com medo. E esse medo tem nome: impunidade”, afirmou a senadora. A declaração foi publicada em vídeo e reforçada com a legenda: “As mulheres vivem com medo. E esse medo tem nome: IMPUNIDADE”.

Dados apontam que o estado lidera o ranking nacional de feminicídios. A cada 100 mulheres mato-grossenses, 2,5 foram assassinadas em um ano apenas por serem mulheres, número que supera a média nacional e revela a urgência de políticas públicas mais eficazes na proteção das mulheres.

A Polícia Civil investiga o caso e busca esclarecer as motivações do crime. Enquanto isso, a sociedade exige justiça e medidas concretas para combater a violência de gênero no estado.