O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança nesta segunda-feira (30), no Palácio do Planalto, o Plano Safra 2025 voltado para a agricultura familiar. A iniciativa terá validade de um ano, de julho de 2024 a junho de 2025, e trará como diferencial medidas específicas para o enfrentamento das mudanças climáticas.

A cerimônia contará com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e outras autoridades do setor. O governo federal deve anunciar um conjunto de ações voltadas à promoção da produção sustentável, com apoio técnico e acesso facilitado a linhas de crédito para pequenos produtores.

Em recente visita ao estado do Tocantins, Lula reforçou a importância da agricultura familiar na produção de alimentos no Brasil. “Será o maior Plano Safra da história, pelo terceiro ano consecutivo. Estamos apoiando tanto os grandes produtores, que impulsionam as exportações, quanto os pequenos agricultores, que garantem comida na mesa dos brasileiros. Neste governo, ninguém fica para trás”, declarou.

O que é o Plano Safra?

O Plano Safra é uma política pública federal que disponibiliza crédito rural, incentivos e programas de apoio à produção agropecuária. Os recursos podem ser usados para custeio, aquisição de equipamentos, melhoria da infraestrutura e adoção de práticas sustentáveis nas propriedades rurais.

A cada edição, o programa acompanha o calendário agrícola nacional, iniciando em 1º de julho e se encerrando em 30 de junho do ano seguinte.

Resultados da edição anterior

Na safra 2024/2025, voltada à agricultura familiar, o governo liberou R$ 85,7 bilhões, sendo R$ 76 bilhões exclusivamente em crédito rural. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o número de operações cresceu 26%, beneficiando mais de 1,7 milhão de pequenos produtores.

A edição anterior teve forte ênfase na produção orgânica, agroecológica e em produtos da sociobiodiversidade, com juros reduzidos: 2% ao ano para custeio e 3% para investimentos. Também foi lançado o edital do Ecoforte, programa voltado ao fortalecimento de redes de agroecologia, extrativismo e agricultura orgânica.

Outro destaque foi a linha de crédito específica para a aquisição de máquinas e implementos agrícolas de pequeno porte, como microtratores e roçadeiras, com juros de 2,5% ao ano. A medida é voltada para famílias com renda anual de até R$ 100 mil, com limite de financiamento de R$ 50 mil por equipamento.

A expectativa para este novo ciclo é manter o ritmo de crescimento e ampliar a cobertura de políticas que unam produção, sustentabilidade e justiça social no campo.