As articulações partidárias em Mato Grosso ganharam novo fôlego, impulsionadas pelas negociações para formação de federações. O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Leonardo Bortolin, afirmou nesta quinta-feira (10) que os diálogos seguem ativos em Brasília, com foco em fortalecer os partidos e viabilizar chapas competitivas para as eleições de 2026.

Entre as possíveis alianças, destaca-se a aproximação entre o MDB e o Republicanos. Segundo Bortolin, apesar de um breve período de “esfriamento” nas tratativas, o entendimento sobre a importância da união permanece firme.

“Tanto o MDB quanto o Republicanos compreendem que a federação é um caminho necessário para manter a força política e estruturar chapas sólidas”, destacou o presidente da AMM.

Além do Republicanos, o MDB também mantém conversas com outras siglas, como PSDB e Podemos. “Não houve recusa de nenhum lado, mas sim uma abertura para diálogo com outras frentes. São conversas que estão acontecendo de forma paralela e estratégica”, completou.

No cenário estadual, Bortolin sinalizou que o MDB pretende apoiar um nome que represente a força da direita em Mato Grosso. Contudo, ele frisou que ainda não há definição quanto à candidatura ao governo.

Um dos pontos mais delicados das articulações gira em torno do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que vem sendo cogitado para uma possível filiação ao PL. Bortolin comentou que qualquer mudança desse porte exigiria uma articulação criteriosa e diálogo com lideranças nacionais e estaduais, como Valdemar da Costa Neto e o senador Wellington Fagundes, atual presidente estadual do PL e pré-candidato ao Palácio Paiaguás.

“Movimentos como esse precisam ser muito bem costurados. Não se trata apenas de mudar de partido, mas de alinhar interesses com os principais líderes e com o projeto político em curso no estado”, concluiu.