O senador Wellington Fagundes (PL-MT) criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro de participar de transmissões ao vivo e entrevistas nas redes sociais, mesmo quando realizadas por terceiros. A medida judicial, divulgada nesta segunda-feira (21), ainda prevê possibilidade de prisão em caso de descumprimento.

Durante entrevista ao portal Veja Bem MT, Fagundes classificou a decisão como “inaceitável” e “antidemocrática”, lembrando que, durante sua prisão no âmbito da Operação Lava Jato, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a conceder entrevistas autorizadas pelo próprio STF.

“Ele pode até dar entrevistas, mas foi proibido de participar de lives, inclusive com o próprio filho. São restrições que nos incomodam muito. O presidente Lula, quando estava preso, podia dar entrevistas. E o Bolsonaro, que não está nem condenado, não pode? Por que essa restrição tão abrupta? Isso é inaceitável. Nós, do PL, consideramos essa posição antidemocrática”, disse o parlamentar.

Fagundes ainda defendeu o histórico de Bolsonaro com a imprensa, destacando sua disposição em responder a questionamentos públicos. “Quantas vezes o presidente Bolsonaro foi ao Bloco Vanguarda? Sempre se mostrou acessível, disposto a responder e ser questionado. Isso é democracia. Quando um jornalista não puder mais perguntar ou criticar, acabou a democracia”, completou.

As declarações do senador ocorrem em meio a um agravamento da tensão entre o Judiciário e o ex-presidente, que passou a ser alvo de novas medidas cautelares — incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com outros investigados e restrições ao uso de redes sociais.

Nota importante:
Circulam nas redes sociais boatos sobre possíveis sanções diplomáticas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, como retaliação ao STF — incluindo suspensão de vistos e aumento de tarifas. No entanto, não há qualquer confirmação oficial dessas ações por parte do governo norte-americano ou de autoridades diplomáticas. Trata-se de desinformação amplamente desmentida por fontes confiáveis.