A tarifa da linha de ônibus que liga Cuiabá a Santo Antônio de Leverger será mantida sem reajuste imediato, graças a um modelo que autoriza o Governo de Mato Grosso a aplicar subsídio direto ao serviço. A solução foi definida na terça-feira (12) durante reunião no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e também prevê melhorias operacionais por parte da concessionária responsável.

O acordo atende solicitação do Consórcio Metropolitano de Transportes (CMT) e garante o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Entre as mudanças previstas está a inclusão de um veículo extra na linha, medida que atende reivindicações de usuários e do Ministério Público Estadual (MPE).

A decisão também considera o impacto do futuro Hospital Júlio Muller, em Santo Antônio, que deverá aumentar a demanda de passageiros. O objetivo é assegurar a qualidade do serviço sem transferir custos adicionais para o usuário.

Segundo o conselheiro Antônio Joaquim, relator do processo, o modelo corrige distorções apontadas pela concessionária, como perdas durante a pandemia e alterações contratuais unilaterais.

“Era preciso resolver a situação para evitar que o usuário pagasse a conta pela falta de solução”, afirmou.

O presidente da Comissão Permanente de Normas, Jurisprudência e Consensualismo do TCE, conselheiro Valter Albano, ressaltou que a proposta poderá ser aplicada a outras linhas intermunicipais, desde que haja interesse do Estado e recursos disponíveis.

O valor do subsídio será definido pelo Governo do Estado com base em cálculos da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT).

Tarifa atual e reajuste previsto
Atualmente, a tarifa cobrada na linha é de R$ 7,35, segundo a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU).

No entanto, publicação no Diário Oficial do Estado de 17 de junho já havia sinalizado um aumento para R$ 8,78 no transporte coletivo intermunicipal do aglomerado urbano Cuiabá–Várzea Grande, representando reajuste de 17,07%, com vigência prevista para 23 de junho de 2025.