O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) demonstrou ceticismo quanto à ideia de que emendas parlamentares possam resolver a crise financeira da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Para ele, o problema é estrutural e exige “vontade política”, principalmente da Prefeitura da capital.

“Emenda não é a salvação da Santa Casa. Ela é pontual, vale por um ano e não resolve. O que vai resolver é vontade política da Prefeitura de Cuiabá e do Governo do Estado. Mas, pelo que estou vendo, especialmente por parte da Prefeitura, isso não está acontecendo”, afirmou.

Botelho também criticou o prefeito Abílio Júnior (PL), lembrando que a proposta de municipalizar a Santa Casa era de sua autoria. “O prefeito copiou o projeto. Agora, precisa trabalhar para concretizar e assumir a gestão”, completou.

Entenda o caso

O governador Mauro Mendes (União Brasil) já anunciou o fechamento do Hospital Estadual Santa Casa de Misericórdia, com a transferência dos serviços para o novo Hospital Central, previsto para ser inaugurado parcialmente em agosto de 2025.

Mendes justificou que a Santa Casa pertence ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e gera alto custo de aluguel, o que torna inviável manter a estrutura enquanto o Estado terá hospital próprio.

Paralelamente, o TRT/MT autorizou a publicação do edital para a venda judicial da Santa Casa, visando quitar cerca de R$ 48 milhões em dívidas trabalhistas e fiscais acumuladas em mais de 800 processos.