Mulher leva boneca reborn para atendimento em UPA de Várzea Grande


Uma situação inusitada chamou a atenção na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Ipase, em Várzea Grande, no último domingo (26). Uma mulher levou uma boneca reborn para ser atendida por uma pediatra, alegando que o “bebê” estava com coriza.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a mulher estava acompanhando a mãe, que passava por consulta, e carregava a boneca nos braços, coberta com uma manta e acompanhada de bolsa.

Durante o atendimento, ela solicitou que a médica examinasse o “bebê”. A enfermeira comunicou o pedido à pediatra, que foi até o local e constatou se tratar de uma boneca. A profissional explicou que o atendimento não poderia ser realizado, já que o “paciente” não possuía registro civil nem cartão do SUS.

Segundo a coordenação da unidade, a mulher ficou irritada com a negativa e deixou o local insatisfeita. Em nota, a UPA Ipase reforçou que os atendimentos devem ser direcionados a pacientes reais, para não comprometer o atendimento à população.

Projeto de lei quer proibir atendimentos a bonecas reborn

O caso ocorre poucos dias após a Câmara Municipal de Cuiabá anular a votação de um projeto de lei que busca proibir o atendimento de bonecas reborn em unidades de saúde.

De autoria do vereador Rafael Ranalli (PL), a proposta tem como objetivo evitar o uso indevido de recursos públicos e assegurar que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja destinado exclusivamente a pessoas reais. O texto prevê multa de até R$ 10 mil para unidades reincidentes e a responsabilização de profissionais que realizarem esse tipo de atendimento.

Durante a sessão de quinta-feira (23), a vereadora Katiuscia Manteli (PSB) chegou a rir ao anunciar o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, o que causou constrangimento no plenário. A votação acabou anulada por falta de quórum, mas o projeto deve voltar à pauta na próxima quinta-feira (30).





Fonte: Da redação
Data: 27/10/2025